quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Folclore no Brasil e no mundo



Podemos dizer, em linguagem simples, que folclore significa estudo do povo nas suas manifestações originais e naturais. Fazem parte do folclore a música, a dança, usos e costumes, expressões de linguagem, contos, lendas, histórias, mitos, provérbios, arte popular, crenças e superstições.

Não é possível identificar nos elementos do folclore seus autores ou suas origens, refletindo-se neles toda a poesia, a ingenuidade, a pureza e a sabedoria do povo.

A palavra folclore é de origem anglo-germânica. Surgiu com o antiquário inglês chamado William John Thoms, em carta dirigida à revista londrina The Atheneum, que a publicou em 22 de agosto de 1846. Diz Thoms esta frase, que depois se tornaria famosa:

"O folclore é mais um saber tradicional que uma literatura, e que se poderia escrever mais propriamente com uma boa palavra anglo-saxônica, folk-lore - o saber do povo".

Nascia aí o neologismo que correria o mundo é daria nome a uma nova ciência, que se organizaria apenas 32 anos depois, ao ser fundada em Londres a Folk-lore Society, em 1878. Dela faria parte, já bastante idoso, William John Thoms.

O radical "folk" provém remotamente do sânscrito (escrituras sagradas antigas), passando pelo grego e pelo latim, até chegar ao inglês e ao alemão. Assim, volgos, vulgus, folk e volk significam, genericamente, povo. "Lore" quer dizer conhecimento, saber, sabedoria. A palavra folclore, portanto, expressa aquilo que o povo sabe, conhece. Atualmente, devemos acrescentar mas poucas palavras para melhor conceituá-lo: o folclore estuda o que o povo sabe sem ter aprendido nas escolas, nos colégios, nas universidades; tudo aquilo que foi transmitido, tradicionalmente, de geração para geração.

Vamos conhecer um pouco mais sobre as temáticas folclóricas brasileiras?

Danças folclóricas de alguns estados brasileiros:
  • Piauí: xerém, coco, baião.
  • Ceará: baião, milindô.
  • Rio Grande do Norte: bambelô e serrote.
  • Paraíba: coco, ciranda, choradinho.
  • Pernambuco: passo (frevo), xaxado, coco, ciranda.
  • Alagoas: coco, xenhenhém.
  • Bahia: samba de roda, lundu.
  • Rio Grande do Sul: prenda, chula (dança desafio), pezinho.
  • Santa Catarina: dança de fitas.
  • São Paulo: fandango, samba de lenço (Tietê).
  • Espírito Santo: dança de velhos, valsinhas e marchinhas.
  • Rio de Janeiro: jongo.
Pessoas dançam o jongo, Rio de Janeiro, 2012. Ricardo Moraes/Reuters/Latinstock.

Lendas

Lendas são narrativas populares, cujas personagens são designadas claramente, dando-se, por vezes, até a sua filiação, e cuja ação se passa em lugar preciso, de que é feita descrição minuciosa. As lendas remontam a Idade Média, mas, no Brasil, foi Couto de Magalhães quem nos legou um precioso livro, O Selvagem, com lendas indígenas brasileiras de incomparável beleza. 

Vamos conhecer uma lenda?

A LENDA DA ERVA-MATE

Contam que certa vez uma das tribos guaranis acampou, por algum tempo, nas encostas de serranias de onde deslizava manso regato.

Um índio muito velho não pôde, porém, seguir o rastro dos guerreiros de seu sangue. Ficou no coração da mata, em companhia da formosa Yarii, sua jovem filha.

Uma tarde de sol, à última hora do dia, chegou à cabana do velho índio um homem estranho, de epiderme escura e com roupas que eram desconhecidas ali.

O velho cacique foi pródigo na hospitalidade que ofereceu ao peregrino. Deu ao estranho carne das caças mais finas e o mel mais saboroso de operosas abelhas.

Recebendo tão generosa acolhida, o hóspede, que era um enviado de Tupã, deus do bem, quis recompensar a bondade de seu hospedeiro. E perguntou-lhe o que mais desejaria para ter dias calmos e o coração sereno.

O cacique pensou, olhou o céu e disse:

- Se fosse possível, queria alguma coisa que me acompanhasse sempre, animando-me a memória e confortando-me o coração. Embora amarga ao paladar, pudesse essa coisa dar-me noites agradáveis em sono e madrugadas belas ao despertar.

Como resposta, a misteriosa personagem plantou, à vista do cacique, uma haste verde na terra. E disse-lhes:

- Bebe destas folhas e terás o desejado.

E voltando-se para Yarii, acrescentou:

- Confio-te a proteção desta árvore. É a vontade de Tupã.

E. desde então, Yarii se tornou a deusa protetora da erva, a Caá-Yarii, e o velho índio, o Caá-Yara, o protetor dos ervais.

Foto integrante da exposição Ka' a - a erva sagrada, que retrata a importância da erva-mate para populações indígenas da região Sul do Brasil, entre as décadas de 1950 e 1980.

Folguedos:

  • Boi de mamão;
  • Cavalhada;
  • Carreira de cavalos;
  • Cordão de bichos;
  • Maracatu;
  • Pastoril;
  • Reisado;
  • Tourada.


Bumba-meu-boi anima moradores do bairro Madre Deus, em São Luís, Maranhão, 2008. Rogério Reis/Pulsar Imagens.


Provérbios

Os provérbios são outra fonte viva do nosso folclore, caracterizando-se como sentença ou máxima que o uso popular consagrou. Vamos conhecer alguns:

  • Com a medida que medires será medido.
  • Certa gente é melhor ter por amigo do que por inimigo.
  • Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
  • Em terra de cego quem tem um olho é rei.
  • Quem vê cara, não vê coração.
Frases populares

Complementam os provérbios as frases populares, que são maneiras de dizer algo de modo conciso, preciso e pitoresco. Veja este rol de frases:

  • Pão, pão, queijo, queijo.
  • Dar com a língua nos dentes.
  • Não ter papas na língua.
  • Comer o pão que o diabo amassou.
Medicina popular

No Brasil, há uma larga prática de benzeduras, ervas, rezas e curiosas superstições. 

São exemplos os chás usados para a cura de doenças. Por exemplo, pariparoba é bom para o fígado; cidreira é calmante; erva-doce é para estômago e intestino; camomila é para resfriado.

Superstições

São crendices que alguns tomam como verdade.

É costume em algumas regiões do país dizer, por exemplo, que não se deve: derramar tinta; cuspir na água; varrer a casa à noite; quebrar espelho; tropeçar na soleira da casa; jogar pão fora; etc.

São considerados objetos que trazem bons ou maus agouros: corujas; pedras; beija-flores; borboletas; amuletos; etc.

Crendices

Chuchu enterrado de manhã bem cedo faz cair verrugas.
Espelho quebrado atirar-se ao mar.

Adivinhações

O que é, o que é?
Tem cabeça, mas não tem cabelo.
Tem barba, mas não tem queixo.
Tem dentes, mas não morde.
Resposta: alho.

Artesanato

O artesanato folclórico é muito variado; por exemplo, trabalho em crochê, rendas, objetos de palha, de cerâmica, de barro, madeira, etc.



Centro histórico de São Luís, Maranhão, 2011. Ale Ruaro/Pulsar Imagens.

Cantigas de roda

Fazem parte do folclore brasileiro cantigas de roda como Ciranda cirandinha, Senhora dona Sancha, O cravo brigou com a rosa, etc.

A música folclórica nasceu do povo, e este a utiliza porque a ele se destina. Ela participa do sentir de cada indivíduo na coletividade. É muito observada em desafios, emboladas, cantigas de ninar, cantigas de trabalho, cantigas de roda, modinhas, danças, jogos e até em alguns rituais religiosos. Muitos são os instrumentos que acompanham essas músicas e danças.

Aqui estão algumas das canções folclóricas nacionais. Se você não souber cantar estas musiquinhas, peça ajuda ao seu pai, à sua mãe, aos tios ou aos professores - são músicas bem conhecidas e podem ser aprendidas facilmente:

Nesta rua

Se essa rua se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar
Nessa rua, nessa rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
Tu roubaste , tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque , é porque te quero bem
Crianças brincam de roda, São Paulo, 2011. Laureni Fochetto.

 Festas

Entre as festas que fazem parte do folclores brasileiro, destaca-se as juninas. Essas festividades ocorrem sempre no inverno, em praticamente todo o Brasil, sendo dedicadas a Santo Antônio, São João e São Pedro. Caracterizam-se pelas fogueiras, comidas típicas, músicas e danças regionais.

Grupo dança quadrilha no tradicional Arraial do Zé Bagunça, Bueno Brandão, Minas Gerais, 2011. João Prudente/Pulsar Imagens.

Folclore - ilustração de lenda

ATIVIDADE Após a leitura da lenda do boto, que serve apenas como indicativo de muitas outras lendas folclóricas, faça um desenho que ilustre a lenda.

MATERIAL Lápis grafite, borracha, lápis de cor.

A lenda do boto cor-de-rosa - várias versões

A LENDA DO BOTO COR DE ROSA


A lenda do "boto cor de rosa" é mais uma crença que o povo ribeirinho da Amazônia costumava contar que, quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho deveria tomar muito cuidado. É tradição junina do povo da Amazônia. Nessas noites se fazem fogueiras enquanto se desfruta de comidas típicas e se dança ao som alegres instrumentos e cantorias. 


Conta-se que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosa aparece transformado em um bonito e elegante rapaz, mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação nao é completa; suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. 


Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio, engravidando-a e nunca mais voltando para vê-la. 


Até os dias de hoje, durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pensem que ele é um boto. E quando uma jovem engravida e não se sabe quem é o pai, é comum dizerem ser "do boto".

Lenda do Boto

De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos rios nas primeiras horas das noites de festa e com um poder especial, transforma-se em um lindo jovem vestido com roupas brancas. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Nas festas, com seu jeito galanteador e falante, o boto dança, bebe, se comporta como um rapaz normal e  aproxima-se das jovens solteiras, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto, pois o seu encantamento só acontece à noite. 
Lenda do Boto 
Origem da lenda do Boto, personagem do folclore brasileiro, folclore amazônico, cultura popular, bibliografia indicada
lenda do boto cor-de-rosa Boto cor-de-rosa: uma lenda da época da escravidão

Introdução 
A lenda do boto tem sua origem na região amazônica (Norte do Brasil). Ainda hoje é muito popular na região e faz parte do folclore amazônico e brasileiro.

O que diz a lenda 
De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos rios amazônicos nas noites de festa junina. Com um poder especial, consegue se transformar num lindo, alto e forte jovem vestido com roupa social branca. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Vai a festas e bailes noturnos em busca de jovens mulheres bonitas. Com seu jeito galanteador e falante, o boto aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto. 
O boto cor-de-rosa é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele ajuda os pescadores durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. O boto também ajuda a salvar pessoas que estão se afogando, tirando-as do rio.

Cultura popular:

- Na cultura popular, a lenda do boto era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento.

- Ainda nos dias atuais, principalmente na região amazônica, costuma-se dizer que uma criança é filha do boto, quando não se sabe quem é o pai.

No cinema

- A lenda do boto foi transformada num filme em 1987. Com o título de Ele, o boto, o filme tem no elenco Carlos Alberto Riccelli, Cássia Kiss e Ney Latorraca. A direção é de Walter Lima Junior.

Algumas imagens do boto:





















terça-feira, 26 de agosto de 2014

Conhecendo Heitor dos Prazeres



Heitor dos Prazeres, 1963.


Heitor dos Prazeres nasceu no dia 23 de setembro de 1898, uma década após a Abolição da Escravatura.

Era chamado carinhosamente de Lino, por suas irmãs. Foi crescendo e aprendendo os primeiros passos e as primeiras palavras no convívio daquela família, onde todos procuravam manter a união no trabalho para que pudessem conservar aquele nível social e não acontecesse como em outras famílias negras que, marginalizadas por perseguições raciais e sociais, não arranjavam emprego, moradia e escola e passavam a se agrupar em morros perto dos grandes centros, criando assim as favelas.
Heitor cresceu junto com o crescimento das favelas.
Heitor era negro, franzino e arisco, com gingado de capoeira, e aos 12 anos, já participava das reuniões nas casas das tias.
“Em meio a artistas profissionais do pincel, não faltou quem lhe quisesse dar conselhos. Mas por um sentimento forte preferiu ficar no seu canto, pintando como as coisas lhe vinham à cabeça. Escapou desse modo ao perigo comum aos ingênuos, o de ficar sabido , aprendendo certos truques, amaneirar-se, perdendo os valores expressivos.”
Por iniciativa do seu amigo e admirador Augusto Rodrigues sua tela Festa de São João foi enviada a Londres para participar da exposição coletiva de artistas em benefício da RAF, tendo sido a obra adquirida pela então princesa Elizabeth. Hoje seu nome figura no boletim de divulgação do MOMA, Nova York, ao lado de Portinari, Guignard, Matisse, Picasso, Renoir, Van Gogh, Orosco, dentre outras celebridades.
Jacques Ardies, coautor, ao lado de Geraldo Edson de Andrade, do livro Arte naïf no Brasil, nos esclarece: “NoBrasil, o movimento cresceu a partir de 1937 com Heitor dos Prazeres, Cardosinho e Sílvia. A arte naïf brasileira, portanto, não toma emprestada a inspiração da vanguarda parisiense, mas reflete uma realidade nacional. Sem mimetismo, extremamente rica e variada, é autêntica e, na maioria das vezes, otimista e alegre. Heitor dos Prazeres com exposição de obras e Heitor dos Prazeres Filho; a reedição bilíngüe do livro: Heitor dos Prazeres sua arte e seu tempo e show de Heitorzinho coma terceira geração dos Prazeres, Flávio Prazeres (sax) e Duda Prazeres (percussão), cantando obras suas e do Mestre. Levando a outros centros a arte genuinamente brasileira”.

Dançando o frevo, 1961. TMSC, 29 cm x 22 cm. A.C.I.D.






segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Expressão musical - início da manifestação musical no Brasil

No início da colonização do Brasil pelos portugueses, os padres e algumas irmandades faziam música mediante acordos feitos com as igrejas. Os alunos - indígenas ou de origem europeia - aprendiam órgão, violino, violoncelo, viola, clarim, trompa, clarinete e baixo.

Os chefes das orquestras - os regentes - eram muito bem pagos e tinham muitas responsabilidades. A influência musical vinha de Portugal - cantochão, cravo, violino. O centro era Minas Gerais.

Também se executava música em casa, não por pessoas da família, mas sim por africanos escravizados que sabiam tocar instrumentos.

Havia no século XVIII três centros culturais musicais: Vila Rica, São João del Rei e Diamantina. Nos salões do Rio de Janeiro, tocava-se apenas música para dançar, com rabeca e cravo, e dançava-se o minueto.

As óperas começaram no Brasil por volta de 1728, com o padre João Ventura, que criou no Rio de Janeiro a primeira Casa de Ópera.

Em seguida, apareceram as modinhas, músicas cheias de melodia e sentimentos.

O príncipe regente D. João VI gostava de música e, durante os 13 anos em que viveu no Rio de Janeiro (1808 a 1811), a música ali floresceu.

Jean Baptiste Debret. Marimba-Passeio de domingo à tarde, 1826. Museus Castro Maya.

Pesquisar sobre os seguintes compositores:

Padre José Maurício Nunes Garcia

Nessa época, foi o padre José Maurício Nunes Garcia quem dirigiu as atividades musicais para a corte portuguesa. Nascido no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1757, desde cedo demonstrou vocação para a música. Em 1792, foi nomeado mestre da Capela Real (hoje Catedral) e iniciou intensa atividade artística. Foi considerado a maior figura artística musical da época. Obras principais: ópera Le deux gemelle (As duas gêmeas), cuja partitura parece ter desaparecido; Missa de Nossa Senhora a 8 de dezembro e numerosos trechos breves.


Com a independência do Brasil em 1822, , vários compositores, imbuídos de forte nacionalismo, passaram a escrever hinos, canções, modinhas e óperas. Os textos dessas peças associavam-se a um ideal de ordem, de manutenção da integridade territorial do país, objetivando unir todo o povo e evitando movimentos contrários ao sistema.

O primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I, muito interessado em música, é autor da música do Hino da Independência e outras composições. Nasceu em Portugal e veio para o Brasil com nove anos de idade. Desde criança, mostrou interesse pela música. O padre José Maurício Nunes Garcia foi seu professor e ensinou-o a tocar vários instrumentos, como o violoncelo, o trombone, o clarinete e a flauta. Ele tocava e compunha músicas. Era hábil no cravo ( instrumento musical de tecla).

Entre os compositores dessa época, destacamos:
  • Francisco Manuel da Silva (1795-1865): aluno do padre José Maurício, pertenceu à orquestra da Capela Imperial como timbaleiro. Tocava violino, piano e órgão, e dirigia conjuntos musicais. Além do Hino Nacional, é autor dos hinos à Coroação (1841), a Dom Afonso (1845), das Artes (1854) e da Guerra (1865). Escreveu também música religiosa e de salão, além de métodos de solfejo e trechos de óperas.


  • Alexandre Levy (1864-1892): foi um dos responsáveis pelo movimento nacionalista brasileiro. Apesar de sua curta existência - faleceu aos 28 anos de idade -, compôs inúmeras obras: Reverie, Três improvisos, Fantasias sobre o Guarani, valsas, tarantela, tango brasileiro, Amour passé, Segundo improviso e muitas outras.


  • Carlos Gomes (1836-1896): Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas, São Paulo. Seu pai, com oito filhos, fazia todos estudarem música. Compôs músicas sacras, românticas e fantasias. Aos 18 anos de idade, fez sua primeira missa (1854). Foi estudar música no Conservatório do Rio de Janeiro. Em 1860, compôs duas cantatas e, em seguida, foi convidado para o corpo de ensaio da Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, representando a 4 de setembro de 1861 sua primeira ópera: A noite do castelo. O imperador e a imperatriz assistiram a Carlos Gomes, que foi agraciado por D. Pedro II com o título de Hábito de Cavaleiro da Ordem da Rosa, Pai, Mestre da Escola Imperial.



Carlos Gomes (1836-1896)

Algumas obras dessa época até hoje são tocadas em apresentações musicais, como a modinha Quem sabe?, feita por Carlos Gomes em homenagem à sua amada, dona Ambrosina Correia Lago, mais conhecida pelo primeiro verso: "tão longe, de mim distante...".

Conheça um trecho dessa música:

Tão longe de mim distante.
Onde irá, onde irá teu pensamento.}
Quisera, saber agora.
Quisera, saber agora.
Se esqueceste, se esqueceste.
Se esqueceste o juramento.
Quem sabe se és constante.
Se ainda é meu teu pensamento.
Minh'alma toda devora.
Dá a saudade dá a saudade agro tormento.
Tão longe de mim distante.
Onde irá, onde irá teu pensamento.
Quisera saber agora.
Se esqueceste se esqueceste o juramento...

É BOM SABER

Modinha - apareceu em 1718 com João Furtado (Bahia), tocador de viola. Só pôde ser impressa quando foi adaptada à música de salão.

Baião - dança muito usada no século XIX no Nordeste do Brasil.

Cantiga - canção com versos de amor, amizade, sátira, etc.

Canção - composição poética cantada com acompanhamento instrumental.

Cânone - música em das ou mais vozes.

Coco - dança popular nordestina. Tem um refrão cantado em coro para responder aos versos do tirador de coco ou coqueiro. É canto-dança das praias.

Hino - canto em louvor cívico, religioso ou profano. Os mais conhecidos são os patrióticos.

Suíte - conjunto de danças, de andamentos alternados, rápidos e lentos.

Frevo - dança de salão e de rua, é a grande alegria do carnaval nordestino. Surgiu como acompanhamento das bandas militares de Pernambuco.

Samba - dança em compasso binário. Veio substituir o maxixe. O acompanhamento da batucada é feito com tambor, surdo, cuíca, pandeiro, cavaquinho, bandolim, violão.

Lundu - dança e canto de origem africana. Era bailado de par solto. No Brasil, ganhou força com o mulato Domingos Caldas Barbosa.

Marcha - música em compasso binário. Ritmo marcado inicialmente para soldados. Existem vários tipos de marchas: fúnebres, militares, nupciais, etc.

 Embolada - originária do Nordeste, com melodia mais ou menos declamada, em curtos intervalos. O texto geralmente é cômico.

Desafio - disputa poética cantada de improviso. Gênero que recebemos de Portugal e é conhecido em todo o Brasil, principalmente no Nordeste. O torneio dura até um dos cantores se declarar vencido.

 Pot-pourri - é uma reunião de trechos musicais populares.

 Revista - espetáculo musical sobre assuntos e temas variados. É um instantâneo da vida social, da política, da moda e dos costumes de uma região ou cidade.

 Coreto - significa pequeno coro. A característica é o sabor lusitano. Mas, no Brasil, foi adaptado regionalmente. Por exemplo; em Minas Gerais é o Peixe vivo.

Carlos Gomes também ficou conhecido por compor uma ópera inspirada no romance de José de Alencar O Guarani, tocada pela primeira vez no Teatro Scala de Milão, a 19 de março de 1870. A obra se tornou m sucesso mundial.

Também merecem destaque outros compositores brasileiros como:
  • Leopoldo Augusto Miguez (1850-1902): compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, abandonou outras atividades para se dedicar à arte. Por ocasião da proclamação da República (1889), houve um concurso de hinos e Miguez fez uma composição com letra de Medeiros de Albuquerque, adotado como Hino da República. Compôs outros hinos, marchas, sinfonias e dramas líricos.

  • Alberto Nepomuceno (1864-1920): compositor e músico brasileiro, nasceu em Fortaleza (Ceará) e faleceu no Rio de Janeiro. Começou sua carreira de música, aos 18 anos. Aperfeiçoou seus estudos em Paris, na Itália e na Alemanha. Regressando ao Brasil, regeu um grande concerto em São Paulo, sendo sua ópera Abul apresentada com muito sucesso em Buenos Aires. Escreveu trovas, valsas, sonatas, sinfonias. Algumas de suas obras: Anhelo, suíte antiga, Sinfonia em sol menor, Galhofeira, Jangada, Turquesa e muitas obras.


  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) compositor e maestro brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, onde começou carreira musical em 1915 como instrumentista. Aos 19 anos, fez suas primeiras composições. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, viajou para a Europa no ano seguinte e só voltou ao Brasil em 1929. No ano de 1931, apresentou-se com um coral de 12 mil vozes. Viajou várias vezes pelo Brasil, fazendo pesquisas e anotando no seu diário as muitas modalidades musicais do folclore brasileiro. Recebeu diversos títulos nacionais e internacionais, e foi fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Música.


  • Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) mais conhecida por Chiquinha Gonzaga, foi compositora, pianista e regente brasileira. Desde criança, mostrou interesse pela música. Estudou com Heitor Villa-Lobos. Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Seu primeiro sucesso, com 29 anos, foi a composição Atraente, um animado choro. Sua carreira ganhou prestígio com a marcha-rancho carnavalesca Ó abre alas, a mais cantada em 1899 no carnaval do Rio de Janeiro. Lutou pelos direitos autorais e teatrais, abrindo a Cia. de Teatros Musicais.

No início do século XX, o samba se tornou música para dançar. O de maior sucesso foi Pelo telefone, composto em 1916 por Sinhô, Donga, Catulo Cearense, João da Baiana e Heitor dos Prazeres. O batuque e as escolas de samba levam o samba a descer dos morros, onde era executado pela população mais pobre do Rio de Janeiro, para a avenida, passando a ser admirado por toda a sociedade, porém com seus temas ainda enaltecendo a malandragem.

Derivado das serenatas, surge o choro, às vezes alegre, outras maroto. Aparecem também os gêneros  sertanejo e folclórico. O samba, nas décadas de 1930 e 1940, ganha um novo formato no samba-canção; a valsa e o choro permanecem. Algumas composições se tornaram inesquecíveis, como O teu cabelo não nega, marcha de Lamartine Babo, Feitiço da Vila, samba de Noel Rosa, e É doce morrer no mar, composição de Dorival Caymmi.

Ao longo deste tema, conhecemos a música e os compositores de alguns hinos pátrios. Assim como a ópera de Carlos Gomes O Guarani, os hinos firmam a presença patriótica e musical brasileira. Vamos nos familiarizar com algumas dessas obras.

A EXECUÇÃO DO HINO BRASILEIRO

Existem algumas regras que devem ser seguidas no momento da execução do Hino Nacional.

Dentre elas, todos devem ficar em pé e em silêncio, demonstrando respeito. É proibido bater palmas durante sua execução e não se deve aplaudir ao final. Em cerimônias militares, deve ser executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional.

Embora seja facultativa sua execução em cerimônias de cunho patriótico, tornou-se uma tradição em eventos esportivos nacionais e internacionais.

Hinos pátrios

Hino Nacional Brasileiro
Música de: Francisco Manuel da Silva.
Letra de: Osório Duque Estrada.

Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Hino da Independência
Música de: D. Pedro I.
Letra de: Evaristo da Veiga.

Já podeis da Pátria filhos
Ver contente a Mãe gentil;
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil.

Refrão

Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.

(Refrão)

O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.

(Refrão)

Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.

(Refrão)

Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.

(Refrão)

Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.

(Refrão)

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

(Refrão)

Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.

(Refrão)

Parabéns, oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.

(Refrão)

Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.

(Refrão)

Hino da Proclamação da República
Música de: Leopoldo Augusto Miguez.
Letra de: Medeiros e Albuquerque.

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Formas geométricas na arte

Para mencionar a importância da geometria nas obras artísticas escolhemos como caminho o pintor russo Vassily Kandinsky, nascido em Moscou em 1886 e falecido em dezembro de 1944, também na Rússia.



Vassily Kandinsky. Outono na Baviera, 1908. Óleo no cartão, 33 cm x 45 cm.Centro Georges Pompidou, Paris.

Tornou-se um dos primeiros criadores do abstracionismo puro na pintura moderna. Usou a geometria e a música como suporte para suas composições.

Após várias exibições bem-sucedidas, fundou o Grupo O cavaleiro azul (Der Blaue Reiter) de Munique (1911-14) e começou a pintura completamente abstrata. Seus formulários evoluíram em fluido de orgânico a geométrico e, finalmente, à pictografia.

O conceito de cor e a harmonia musical estão ligadas e têm uma história longa, que intriga os cientistas (Isaac Newton, por exemplo, usou a cor para trabalhar o prisma). Kandinsky usou a cor de uma maneira altamente teórica que associa o tom com o timbre (o caráter do som).



Vassily Kandinsky. Composição IV, 1911. Óleo na lona, 159 cm x 250 cm. Kunstsammlung Nordrhein-Westfallen, Dusseldorf.

Observe suas obras e a evolução das mesmas:

Vimos que a forma, a cor e a posição são elementos que unidos às formas geométricas dão diferentes resultados visuais.


Vassily Kandinsky. No branco II, 1923. Óleo na lona, 105 cm x 98 cm. Centro Georges Pompidou, Paris.



Vassily Kandinsky. Ponto preto, 1912. Óleo na lona, 100 cm x 130 cm. Vassily Kan St. Petersburgo Hermitage, Dinsky.




Vassily Kandinsky. Composition VI, 1913. Óleo sobre tela, 195 cm x 300 cm. Museu Hermitage, São Petersburgo.



Vassily Kandinsky. Composição VIII, 1923. Óleo sobre tela, 140 cm x 201 cm. Coleção particular.

Ao lado, um esquema compositivo que, por meio de vetores, nos dão características de que o pintor pode ter usado esse princípio em algumas de suas obras geométricas abstratas.

Vários elementos concorrem para a obra ganhar a beleza, como por exemplo: os eixos direcionais, a distribuição do peso e da cor, a repetição de módulos, etc.



Observe o peso da figura nas obras compositivas: a e b.

Na FIGURA A foram utilizados apenas elementos geométricos.

Na FIGURA B foram utilizados objetos.


Robert Delaunay foi outro pintor que baseou seus trabalhos em formas geométricas.

Robert Delaunay nasceu em Paris em 1885 e faleceu em Montpellier  em 1942.

Abandonou muito cedo os estudos livrescos e dedicou-se à pintura, sua grande paixão. Em 1904 apareceram seus primeiros resultados, fugindo das técnicas convencionais, adotou larga camada de cores puras.Em 1910, Delaunay desposou Sonia Terck, e entrou no cubismo com duas composições: de nome A cidade. Fez também as três grandes composições da Torre Eiffel que se encontram no museu da Basileia e no museu Guggenheim de Nova York; elas foram o momento de multiplicar dentro da Arte e a profundidade e a altura nas telas, de maneira audaciosa, utilizando um jogo de construção de cores.

Delaunay compôs a obra As janelas, que definiu como a fase colorida de sua pintura, vivificando a superfície da tela de espécies de medidas cadenciadas, que se sucedem e ultrapassam em movimento das massas coloridas. Depois de As janelas, as obras prismáticas, geométricas, discos de formas circulares cósmicas (1912). Durante a guerra, Delaunay morou por muito tempo na Espanha e em Portugal.



Robert Delaunay. Janelas simultâneas, 1912. Coleção particular.


Robert Delaunay, As três janelas, 1912. Coleção particular.

Muitos são os artistas que usam formas geométricas em suas obras e conseguem excelentes resultados, além de muitos adeptos e colecionadores. Hoje em dia, muitos artistas fazem obras com geométricas.


Josef Albers, Homenagem ao quadrado, 1965. Acrílico sobre tela, 61 cm x 61 cm. Detroit Institute of Arts.



Robert Delaunay, Alegria de viver. Coleção particular.



Piet Mondrian, Composição, 1923. Óleo sobre tela, 39 cm x 35 cm. Galeria Nacional e Arte Moderna e Contemporânea de Roma.


Piet Mondrian. Composição em preto, vermelho, cinzento, amarelo e azul. Christies Images/Bridgeman Art Silvery, London.


Robert Delaunay. A torre Eiffel, 1911. Coleção particular.