quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Publicidade

A publicidade nasceu praticamente no final do século XX, quando o sistema de produção em série ganhou força. O grande número de operários nas fábricas, a enorme quantidade de produtos industrializados e a grande massa de consumidores que deviam não só ser informados da existência dos produtos, mas também ser levados a comprá-los, fizeram com que a publicidade ganhasse força.
A publicidade acabou de se tornando um mecanismo milionário, que envolve muito dinheiro e muitas pessoas. Usada por vários setores, pode ser dividida em: industrial, comercial, agrícola, esportista, turística, ecológica e humanitária, de consumo, política e social.
As técnicas usadas para as realizações publicitárias  são as mais variadas e dependem do tipo de comunicação a ser utilizado, podendo ser: gráficas, fotográficas, televisivas, cinematográficas, radiofônicas, etc.
A publicidade apresenta aspectos positivos e negativos.
  •     Aspectos positivos: quando lança produtos ou faz chamadas de ordem social, moral ou política, como: informando sobre problemas ecológicos, como a poluição de rios, falando de crianças abandonadas ou mesmo mostrando produtos que constituem alimentação saudável.
  •    Aspectos negativos: quando passa mensagens de violência, de produtos que fazem mal à saúde, como o fumo e o álcool. Assim, o consumidor acaba comprando produtos inúteis ou prejudiciais.

Para que serve a publicidade?
Fundamentalmente, a publicidade responde a duas necessidades básicas:
  • ·         informar aos consumidores a existência de um produto;
  • ·         persuadir o consumidor a comprar o produto.

Chamamos de publicidade tudo o que uma agência usa para divulgar o consumo e o uso de determinados produtos.
Como funciona uma agência publicitária?
A finalidade da publicidade é vender um produto.
O publicitário deverá escolher a melhor forma de fazer isso e levar o público a conhecer esse produto para que haja um bom consumo.
O organismo destinado a esse  tipo de trabalho é a agência publicitária  que, uma vez encarregada da divulgação do produto, estabelece as linhas mestras do trabalho. Ela estuda quem serão os futuros consumidores do produto, os meios e modos mais convenientes para convencer as pessoas a sentirem necessidade de obter e comprar o produto.
Nas agências de publicidade, as pessoas têm funções definidas:
  • ·   Quem deverá manter contato com o cliente.
  • ·         Quem vai sondar o mercado (diretor de marketing).
  • ·         Quem vai idealizar a campanha publicitária (art-director).
  • ·         Quem vai inventar o slogan, estudar os textos que acompanharão as imagens (copywriter e art-director).
  • ·         Quem vai fazer o design (gráfico-designer).
  • ·         Quem vai fotografar ou criar montagens.
  • ·         Quem deverá eventualmente preparar o tema musical.

A seguir, a agência escolherá, entre os diversos modos de comunicação publicitária (fotografada para revistas ou jornais, radiofônica, cinematográfica, televisiva, mural, etc.).
No caso de cinema e televisão, a agência se limitará a idealizar e programar um breve filme.
Geralmente, são contratados artistas de renome do cinema e da televisão para as filmagens. São poucos minutos, com mensagens bem definidas e que custam milhões de reais.
Tecnicamente, cada publicidade contém estas características:
  • ·         originalidade;
  • ·         capacidade de criar emoções;
  • ·         repetição;
  • ·         simbolização;
  • ·         simplificação;
  • ·         conhecimento do produto.
Estudando as mensagens publicitárias

As mensagens publicitárias devem atender ao maior número possível de pessoas e canais de comunicação. Seu objetivo principal é persuadir, convencer o comprador em potencial. Para isso, a publicidade se vale de uma linguagem específica.

A mensagem publicitária é formada pelo slogan, o texto explicativo sobre o serviço ou produto e o símbolo gráfico, mais conhecido como logotipo.

Slogan é um texto breve, muitas vezes em forma de símbolo, com palavras e imagens representadas. Esse mecanismo de contraste produz um resultado eficaz, provocando a curiosidade do espectador.

Texto explicativo é, muitas vezes, mais um arranjo, mais ou menos amplo, que esclarece os detalhes e valoriza o produto.

Logotipo, que pode ser variado, é uma fotografia, um desenho, uma ilustração, uma obra de arte, uma marca.

A publicidade, embora dependendo da forma como aparece, é, de qualquer maneira, um precioso meio de comunicação para a divulgação de mensagens.

Como se trabalha em uma agência de publicidade?

Vamos imaginar que estamos no interior de uma agência de publicidade para o lançamento de um produto.

A primeira coisa a ser feita é definir:

  • a que tipo de consumidores se dirige o produto:
  • a faixa de público que se pretende atingir no mercado (target, em inglês);
  • a quem  será dirigida a mensagem publicitária.
Definidos esses itens, é feito o esquema (brief). Nele se detalha como deverá se desenvolver o trabalho, determinando o emissor, o receptor e a mensagem.

Depois, é levantado o custo total da propaganda. Isso se chama budget. Decide-se também o veículo de comunicação a ser utilizado (rádio, jornal, revistas, tv ou outros).

Os copywritters, isto é, as pessoas que escrevem os textos, e o diretor de arte (art-director) o responsável artístico pela propaganda, propõem, junto com outros colaboradores, diversas soluções, que são estudadas.

A partir daí, o projeto publicitário ganha forma e cresce em detalhes.

Um especialista em marketing irá sondar o mercado.

Vamos imaginar que a campanha publicitária será feita pela televisão.

Os spots televisivos são idealizados obedecendo a uma sequência de quadros, que se chamam story board. Neles aparecem enquadradas várias cenas e posições (produto e personagens). Nessas cenas, a imagem em movimento e o som deverão coincidir e poderão durar de 5 a 90 segundos.

Normalmente, concentram-se em uma história ou em uma situação, com a propaganda final do produto, caracterizando a marca.

Além dos profissionais mencionados, também trabalham para a realização de publicidade: fotógrafos, técnicos cinematográficos e outros profissionais.

Geralmente, os publicitários contratam artistas para as filmagens, mas muitos amadores se saem bem em campanhas publicitárias.

A publicidade investe em vários setores: indústria, comércio, esportes, turismo, política, sociedade, agricultura, consumo, ecologia, etc.

A publicidade ontem e hoje

Veja a grande mudança que sofreu a publicidade.

Publicidade - recortar, colar e desenhar

ATIVIDADE - Escolha um produto qualquer de uma revista e crie para ele uma campanha publicitária. Faça primeiro uma folha de revista. Cole o produto escolhido e crie um slogan e um cenário para ele.

MATERIAL - Lápis grafite, borracha, caneta hidrocor, ou outro material que você achar bom para dar acabamento a sua atividade.

Veja o exemplo ao lado.








Pop-art - o movimento popular revolucionário

Pop-art (arte popular)



Andy Warhol. Coleção particular de Greg Gorman.

"Pop-Art" é a abreviação do termo inglês popular art (arte-popular). Não significa arte feita pelo povo, mas sim, produzida para o consumo de massa.

O movimento Pop-Art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras.

Podemos citar como precursores desse movimento Andy Warhol e Roy Lichtenstein.



Andy Warhol, Marilyn, 1964. Serigrafia sobre tela, 101,6 cm x 101,6 cm. Coleção particular de Andy Warhol.



Andy Warhol. 100 latas, 1962. Óleo sobre tela, 182,9 cm x 132,1 cm. Coleção particular de Andy Warhol.

Com o objetivo de criticar o grande consumo da sociedade, eles passaram a transformar o real em irreal, os superastros em pessoas comuns.


Roy Lichtenstein. 


Roy Lichtenstein. In the Car, 1963. 172 cm x 203,5 cm. Coleção particular de Roy Lichtenstein.


Roy Lichtenstein. Still Life with Crystal Bowl, 1973. 132 cm x 106,6 cm. Whitney Museum of American Art, New York, EUA.


Roy Lichtenstein. Whaam!, 1963. 172 cm x 269 cm (duas telas). Tate Gallery, Londres.

Os trabalhos artísticos desse movimento exaltam o popular, a vida cotidiana, na parte física e artística, por intermédio dos meios publicitários, encontrando na fotografia e na escultura alto valor de sugestão.

Essa corrente cresceu nos Estados Unidos e tem como protagonistas Rauschenberg, Oldenburg, Lichtenstein, Johns, etc.

Pop-art - desenhar e pintar

ATIVIDADE - Assim como Andy Warhol repetia as formas, você vai desenhar uma forma de que goste, e depois, com papel vegetal, transfira para os quadrados. Pinte com lápis de cor ou caneta hidrocor, o importante é que fique com o colorido bem forte.

MATERIAL - Lápis grafite, borracha, papel vegetal, lápis de cor e caneta hidrocor.

Observe os modelos:



Máscaras


A  máscara é um artefato que representa uma face ou parte dela, usada no rosto por ocasião de festas, entre elas o carnaval.

Originariamente a máscara teve função sagrada e sua confecção constituiu grande estímulo à atividade artística dos povos primitivos. A máscara, na Antiguidade, era um elemento de caracterização dos atores no teatro.

Os gregos utilizaram-na para disfarce das personagens no teatro e para aumentar o volume da voz e aperfeiçoar a sonoridade.




As máscaras eram substituídas de acordo com a mudança de personagens. Desde a Antiguidade o mundo grego e romano fazia festas e celebrações.

Por outro lado, a máscara assumiu uma visão como sinal de guerra, praticada pelos índios regulamentados numa atividade de um ritual mágico, ou procurando dar ao guerreiro um aspecto desumano e feroz para intimidar o adversário, mas podendo ter uma função de protetora. Normalmente, esta função de proteção era contra o mal e era comum entre os povos, em torno das crenças das forças sobrenaturais, ou seja, a relação com o mundo oculto dos espíritos que através da magia permitia abrir a porta para o outro mundo. A máscara foi utilizada como acessório de festa, nomeadamente no Oriente em danças e procissões com a intenção de se misturar o ritual e o divertimento. Muitas vezes, o dançarino encarnava um ou vários seres representando o tempo da criação.




Réplicas de máscaras gregas.

No Império Romano, havia muitas festas, a saturnália acontecia pela reverenciar o deus Saturno, deus da agricultura, e durava 8 dias, de 17 a 24 de dezembro. Nesse período as pessoas costumavam trocar presentes e se visitarem.

Havia desfiles de carros que tinham forma de barcos, os carrus navalis. Talvez derive daí o termo carnaval. Existem controvérsias sobre essa ideia, outros dizem que a palavra carnaval surgiu das expressões latinas carnem levare e carne lavarium (ambas significam tirar a carne).

Na Idade Média, a máscara quase desapareceu. Porém, nas cidades de Veneza, Turim, Nice e Roma, as máscaras tornaram a surgir, as festas eram organizadas pela mais alta nobreza. A princípio, os festejos tinham caráter mítico-religioso, pouco a pouco, porém, transformaram-se em regozijo público. A alegria, luzes, fogos de artifícios, torneios equestres, carros alegóricos, faziam o povo delirar.



As máscaras reaparecem durante o Renascimento, não somente no teatro, mas como adorno pessoal.

Os bailes de máscara datam da corte de Carlos VI (rei da França, 1362-1422), aliás, foi numa dessas festas que assassinaram o monarca, quando ele se achava fantasiado de urso.

Em Veneza, no século XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi preciso uma lei, a lei de Dodge, para acabar com esse hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares.

A partir do século XIX, a máscara passou a ser usada em feiras e festas populares, servindo de disfarce e enfeites.


Máscara - criar, desenhar e pintar

ATIVIDADE - Crie uma máscara, ela pode ter um formato diferente das convencionais. Você pode usar motivos geométricos para decorar.

MATERIAL - Lápis grafite, borracha e lápis de cor.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Resgate das cores

A palavra cor vem do latim colore. É uma  percepção sensorial registrada pelos nossos olhos.

As cores primárias são: vermelho-magenta, azul e amarelo.

Estas cores são consideradas puras, ou seja, não podem ser obtidas através de nenhuma mistura de cores.



As cores secundárias são verde, laranja e violeta. Elas são resultado da mistura de duas cores primárias.

Observe o esquema:


Cores quentes

As cores quentes são utilizadas para transmitir sensações de prazer e calor humano. Usadas em excesso podem causar irritabilidade. Lembram o sol, o fogo, a luz. As cores quentes, por serem mais luminosas, parecem avançar para nós.

O círculo cromático inclui toda a gama do amarelo ao magenta-violeta. O vermelho é a cor mais quente.

Cores frias

As cores frias são utilizadas para transmitir sensações de calma e tranquilidade. Lembram a frescura da água. Uma cor fria ao lado de outra cor fria parece mais quente. As cores frias parecem distanciar-se de nós, por isso são bastante usadas para pintar paisagens.

O círculo cromático inclui toda a gama do verde-alface ao violeta. O verde-azul é a cor mais fria.




Policromia e contraste

Quando estudamos as cores, é importante conhecer os tipos básicos de harmonia que podem acontecer entre elas: a policromia e a monocromia.

Neste momento vamos conhecer melhor a policromia.



A policromia é o uso de várias cores no mesmo trabalho.

POLI + CROMIA = MUITAS CORES

A policromia é obtida através da combinação das três cores primárias (amarelo; azul-cian; vermelho-magenta) mais o preto para realçar os contrastes. As ilustrações que aparecem têm tonalidades e matizes que dão uma agradável sensação a quem olha.

Quando observamos um desenho, uma obra de arte, ou qualquer coisa que tenha cor e achamos muito colorido é porque apresenta muito contraste.

O contraste é um choque entre duas cores, o que causa um grande balanço visual. O contraste é bastante forte quando colocamos uma cor primária ao lado de uma cor secundária, opostas no círculo cromático, como: vermelho e verde; azul e laranja ou amarelo e roxo.

Quando usamos uma cor primária com uma cor secundária mais próxima no círculo cromático, como, por exemplo, amarelo e laranja, ou azul e verde, temos um contraste mais leve.

MONO + CROMIA = UMA COR

Você poderá obter a monocromia de todas as cores, basta acrescentar a uma cor apenas o branco ou o preto, obtendo desta forma matizes diferentes de uma mesma cor.

Quando pegamos uma cor e acrescentamos a ela um pouco de branco ou de preto, depois mais um pouco e assim sucessivamente, estamos fazendo a escala cromática desta cor.


Observe este exemplo.

Partimos do branco e vamos acrescentando uma cor até chegar à cor pura. Neste caso, a cor usada foi o magenta.

Neste caso partimos da cor pura e fomos acrescentando o preto até chegar ao preto puro.



Veja quantas tonalidades podemos obter de uma só cor. Isso é MONOCROMIA.

Muitos artistas usaram a monocromia ao pintar suas obras.

Na primeira metade do século XX, as telas de uma só cor eram vistas por muitos como um sinal de morte da pintura, embora tenham marcado o renascimento da pintura por meio da experimentação abstrata. Artistas modernos e contemporâneos têm continuado a fazer experiências com pinturas monocromáticas.

Cores análogas

As cores análogas são as cores vizinhas no círculo cromático. Observe seu círculo cromático: cada duas cores vizinhas são chamadas de cores análogas.


Cores complementares

As cores complementares são as cores opostas no círculo cromático. Elas são chamadas de complementares porque temos uma cor secundária que completa uma primária, formando as três cores primárias.



O laranja é o complementar do azul, porque nele temos a presença do magenta e do amarelo, que são duas cores primárias restantes que completam o azul.

O verde é o complementar do magenta, porque nele temos a presença do azul e do amarelo, que são duas cores primárias restantes que completam o magenta.

O roxo é o complementar do amarelo, porque nele temos a presença do magenta e do azul, que são duas cores primárias restantes que completam o amarelo.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vanguardas europeias


As vanguardas europeias foram manifestações artístico-literárias surgidas na Europa, nas duas primeiras décadas do Século XX, e vieram provocar uma ruptura da arte moderna com a tradição cultural do século anterior.


Com o advento da tecnologia, as consequências da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e atmosfera política que resultou destes grandes acontecimentos, surgiu um sentimento nacionalista, um progresso espantoso das grandes potências mundiais, e uma disputa pelo poder. Várias correntes ideológicas foram criadas, como o nazismo, o fascismo e o comunismo, e também com a mesma terminação “ismo” surgiram os movimentos artísticos que chamamos de vanguardas. Todos pautavam-se no mesmo objetivo, que era o questionamento, a quebra dos padrões, o protesto contra a arte conservadora, a criação de novos padrões estéticos, que fossem mais coerentes com a realidade histórica e social do século que surgia.

Estas manifestações se destacaram por sua radicalidade, a qual proporcionou que influenciassem a arte em todo o mundo.

No Brasil não poderia ser diferente, uma vez que este era o exato momento da história em que as manifestações artísticas estavam crescendo em nosso país, e que a maioria dos artistas se espelhavam nas tendências europeias, fosse para imitar-lhes, fosse para combater-lhes.

As vanguardas europeias passaram pela Literatura Brasileira deixando sua contribuição, especialmente ao somarem com a Semana de Arte Moderna e o movimento modernista, pois juntos vieram romper com a antiga estética que até então reinava em nosso país.

As cinco correntes vanguardistas que mais influenciaram o fazer literário no Brasil foram: Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo. 

Vejamos um pouco de cada uma delas:

CubismoTeve maior representatividade entre os anos de 1907 e 1914, mais especificamente na pintura. Seu propósito era decompor, fragmentar as formas geométricas. Investia na subjetividade de interpretação das obras, afirmando que um mesmo objeto poderia ser visto de vários ângulos. Na literatura, caracteriza-se pela representação de uma realidade fragmentada, que é retratada por palavras dispostas simultaneamente, com o objetivo de formar uma imagem. Os principais artistas que representaram esta vanguarda foram: Pablo Picasso, Fernand Léger, André de Lothe, Juan Gris e Georges Braque, na pintura, e Apollinaire e Cendras na literatura.

DadaísmoSurgiu em 1916 em plena Primeira Guerra Mundial, a partir do encontro de alguns artistas refugiados que buscaram produzir algo que chocasse a burguesia. É mais um reflexo das emoções causadas pela Guerra, tais como revolta, agressividade e indignação. Na literatura, se caracteriza pela agressividade verbal, pela desordem nas palavras, a incoerência, a quebra da lógica e do racionalismo, e pelo abandono das regras formais do fazer poético: rima, ritmo, etc.

ExpressionismoSurgido em 1912, expressava a agitação e inquietação que buscava subverter a estética da época. Pela primeira vez apareceu na livraria de arte der Sturm, em Berlim, expressando, como o nome diz, a renovação cultural que já estava em curso na Alemanha e em toda a Europa. Não teve ideais claros e definidos, porém procurava transmitir ao mundo a situação do homem, com seus vícios e horrores.

Surrealismo: Esta vanguarda surgiu após a Primeira Guerra, na França, mais precisamente em 1924. Trouxe para a arte concepções freudianas, relacionadas à psicanálise. Segundo esta vanguarda, a arte deve surgir do inconsciente sem que haja interferências da razão. Trabalha frequentemente com elementos como a fantasia, o devaneio e a loucura.

FuturismoSurgiu através do Manifesto Futurista, criado pelo italiano Tommaso Matinetti em 1909. Suas proposições eram negar o passado, o academicismo e trazer o interesse ideológico, a pesquisa, a experimentação, a técnica e a tecnologia para a arte. Marinneti pregava o desapego ao tradicionalismo, especialmente quanto à sintaxe da língua.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

Arte feita com formas geométricas

O triângulo representa o equilíbrio e a estática



O museu do Louvre, na França, possui uma pirâmide de vidro formada por 603 losangos e 70 triângulos.

O triângulo é uma figura plana formada por três retas, que se encontram duas a duas; seus ângulos somam 180º. Ao triângulo equilátero, que possui os três lados iguais, são atribuídos inúmeros significados visuais de equilíbrio e estaticidade. O triângulo equilátero é também a forma básica de estruturas arquitetônicas modernas, como, por exemplo, a pirâmide do Louvre, em Paris.

Contudo na arquitetura tradicional o triângulo era usado apenas com função decorativa e estática.

O significado simbólico

Através dos séculos, devido a sua simplicidade e à perfeição de sua forma, o triângulo ganhou vários significados: com a ponta para cima representa o fogo; na tradição judaica, a Santíssima Trindade. Seu significado foi mudando de povo para povo e de cultura para cultura.

Observe as divisões que puderam ser feitas no triângulo equilátero.




Tomando por base as figuras abaixo, faça divisões em um desenho, pintando com cores contrastantes.




O quadrado - funcional e absolutamente belo

O quadrado é o quadrilátero formado por quatro lados iguais e quatro ângulos retos.

Nas mais antigas escrituras e nas incrisões rupestres, o quadrado simboliza o recinto, a casa, o campo. O significado do quadrado, assim como do triângulo, é a solidez do equilíbrio e da estabilidade.

A estrutura modular do quadrado se obtém traçando linhas paralelas aos lados equidistantes, de modo a se obter um submúltiplo do lado do quadrado originário. Na arquitetura, a planta quadrada foi utilizada em diferentes épocas, sobretudo em construções coletivas. A estrutura quadrada lembra também os acampamentos dos soldados romanos na Antiguidade.

O SIGNIFICADO SIMBÓLICO

Na linguagem dos símbolos o quadrado é a figura geométrica mais conhecida universalmente. É símbolo de tudo o que é terreno, concreto, em oposição ao céu. Em muitas culturas, inclusive na cristã, ele representa o cosmo.


Praça do Povo em Ascoli - Itália. Além de a praça ser quadrada, seu piso também é quadrado.


Piet Mondrian. Composição, 1923. Óleo sobre tela, 39 cm x 35 cm. Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Roma.

O círculo é uma superfície plana contida na circunferência

Na arquitetura a forma circular é muito difundida, muitos são os templos religiosos vistos na Antiguidade com forma circular. A combinação do círculo, com triângulos ou quadrados, origina elaborações gráficas de grande resultado estético, por isso o círculo é uma estrutura muito utilizada também na área gráfica e na publicidade comercial.

O SIGNIFICADO SIMBÓLICO

Os significados simbólicos do círculo são muitos. Os círculos concêntricos representam o conceito de hierarquia universal, a própria Divina comédia, de Dante Alighieri, tem na obra uma estrutura circular concêntrica.


Anfiteatro de Arles, na França. Construído em estrutura, circular por razões funcionais e formais.

O círculo simboliza o céu, o cosmo; em algumas civilizações, como a dos babilônios, o tempo; na iconografia cristã, início e fim e eternidade.

Por sua perfeição formal o círculo assume significado muito importante na Idade Média, no período gótico. Basta vermos as belas igrejas com cúpulas circulares.

O círculo

O círculo possui uma estrutura radial.

A combinação do círculo com o triângulo e o quadrado resulta em elaboração de grande estética.


Trabalho gótico feito nas igrejas medievais.

ATIVIDADE

Obra de arte com a forma circular - desenhar

Com o uso de um compasso crie vários círculos de tamanhos diferentes, alguns podem até nem ser completos, formando uma composição somente de círculos. Depois preencha cada um deles com uma textura diferente usando caneta hidrocor.

MATERIAL

Compasso, caneta hidrocor.