quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ernest Kirchner ... entre a emoção e a simplificação....




A Rua, 1913, 120,6x91.1cm, in Museum Moder n Art
( esta pintura foi considerada "degenerada" pelos oficiais nazis)


Duas Mulheres com Lavatório, 1913, óleo sobre tela, Galerie Stâdtische-Frankfurt 


Rapariga em Sofá Verde, óleo sobre tela, 96.5cm x 96.5 cm, Museum Ludwig. 


Desfileiro Zügen, Porto de Monstein, 1919/1920, Óleo sobre tela, 119x119 cm,
(Davos, Kirchner Museum) 


Ernest Ludwing Kirchner (1880-Aschaffenburg / 1938-Frauenkirch) um dos pintores e artistas gráficos de referência do grupo Die Brucke, famoso pelas suas cenas berlinenses de grande tamanho, que tanto contribui para que fosse considerado uma dos mais importantes representantes do expressionismo alemão. Iniciou o seu percurso artístico associado ao grupo artístico Die Brücke ( da ponte) em Dresden, cujas obra se caracteriza por uma imaginação intensa complementada com um carácter emocional violento. Na sua temática neo impressionista, Kirchner começou por assimilar a influência de Munch e Van Gogh e do Fauvismo, visível na simplificação das formas e nas cores, assim como no ato de separação entre o cor e o objecto. Em 1911, na sua passagem por Berlin e deveras inspirado no Cubismo, desenvolveu uma linguagem formal expressiva e fragmentada.  Durante a sua participação na guerra, sofreu uma crise nervosa. Radicado na Suíça em 1917, centrou a sua temática na pintura de paisagens montanhosas simplificadas e dinâmicas com cores luminosas e abstrações ornamentais.        


Francis Bacon ...uma referência da figuração contemporânea



Papa Gritando, coleção William Burden, Óleo sobre tela,  152X118 cm (1971)


Study Ford Head, Tate Modern, Óleo sobre tela, 360x305 mm



Três Estudos do Homem de Costas, Óleo sobre tela, 198x147.5 cm, Kunsthaus Zürich 


Francis Bacon (Dublin -1909 / Madrid -1992) é um dos mais destacados pintores britânicos do pós guerra,  cuja obra apresenta como temas centrais a representação da sociedade, a crueldade do indivíduo e a representação das figuração em interiores. Natural de Dublin, inicia a sua atividade profissional como desenhador de móveis e interiores, descobrindo a atividade pictórica como autodidata na década de 1930 para se dedicar em exclusividade após a Segunda Grande Guerra. Profundamente impressionado pelo Surrealismo, as suas representações visionárias do retrato da condição humana aparece como suspensas, num conflito entre o controlo, o medo, a agressão e a dor. No seu processo criativo, Bacon se inspirou tanto nos apocalipses de Bosco, como em Wiliam Blake, Edvard Much ou Vincent  Van Gogh. Nos seus retratos explorou sem cessar variações em que o tema tinha como objecto a introdução de figuras em espaços interiores. A sua rigorosa estruturação contrasta com o efeito sugado nos quais as figuras surgem quase mutiladas, ejectadas com pinceladas e colores muito expressivas. Para além do retrato propriamente dito executou numerosos trípticos e é considerado uma das figuras de referência no renascimento na arte figurativa na Europa.    

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