quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Arte e patrimônio histórico

Toda vez que trabalhamos na Educação a questão do patrimônio histórico devemos ter em mente os seguintes objetivos:
  • Desenvolver atitudes de preservação e animação do patrimônio. 
  • Conhecer o patrimônio da zona em que a escola está inserida. 
  • Incentivar o gosto pela descoberta. 
  • Compreender a história nacional a partir da história local. 
Entrar num museu onde aparece na grande coleção de obras de arte ou objetos é sempre muito gratificante, fazemos uma viagem no tempo e nos reportamos a um passado distante, longe de nós, quase como se não nos pertencesse e do qual não fazemos parte. Vamos do imaginário ao imaginário coletivo.

A  relação que o visitante estabelece com as coleções do museu terá de ser de fruição, sob pena de elas não serem armazenadas no arquivo da memória, de não serem imagens que façam parte do passa do desse indivíduo que um dia escolheu uma tarde ou uma manhã para visitar o museu.

A relação museu-escola deve começar na infância. A educação pela arte deve fazer parte da formação integral de um aluno: ela desenvolve a sua sensibilidade e desperta-o para tudo o que o rodeia, diversificando a sua cultura e aguçando a sua capacidade criativa. 

Jardim do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, 2012.

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), no Parque do Flamengo, RJ.

Em uma primeira fase da educação pela arte podem-se incluir: as visitas guiadas, os ateliês de expressão plástica, dramática e musical, o teatro de fantoches, as exposições subordinadas a temas e comemorações de datas e a leitura animada.

Os espetáculos musicais, teatrais e de bailado em espaços do museu, as animações teatrais em que a história do edifício e o seu espaço se interligam, os espetáculos nas escolas, juntas de freguesia e outras instituições que, em datas precisas, solicitam a nossa presença, são sempre muito úteis e interessantes.

O entendimento que fazemos do ato ensino/aprendizagem num museu é pouco escolarizável.

Acreditamos que se pode ensinar qualquer conteúdo a partir de uma obra de arte, de uma peça do patrimônio cultural ou natural, ou ainda de uma poesia.

O estímulo artístico é indispensável na formação de uma criança e de um adolescente e melhora consideravelmente a sua aprendizagem, além de abrir caminhos à sua imaginação e criatividade, Estas crianças serão os profissionais de amanhã. A arquitetura, a escola, os serviços não melhorarão com adultos mais sensíveis e mais atentos ao equilíbrio ecológico e aos valores patrimoniais?

Muitas exposições que organizamos precisam do "espólio", tantas vezes escondido, na casa das pessoas. Uma jarra, um candeeiro podem despertar numa pessoa determinadas lembranças e laços afetivos. Uma exposição representa uma época, uma cultura, uma moda e um estilo, Um monumento, uma estátua em uma praça ou jardim, um viaduto, um parque, etc. são também considerados monumentos do patrimônio. No Brasil temos cidades que fazem parte do patrimônio histórico, entre elas estão Salvador, na Bahia, e Ouro Preto, em Minas Gerais.

O meio patrimonial

A escola deve procurar estabelecer relações constantes com o meio, pois a formação integral do aluno não passa la simples instrução dos conteúdos acadêmicos, mas sim pela educação interdisciplinar, na qual desempenham um papel preponderante os valores essenciais a um crescimento harmonioso e talvez a hipótese de salvação do planeta e das pessoas que nele vivem. Esses valores resumem-se, quanto a nós, a cinco pontos fundamentais:


  1. Solidariedade, respeito e tolerância ao próximo.
  2. Conhecimento dos modos de vida, pensamento e história da região em que a escola está inserida.
  3. Desenvolvimento e apuramento crítico do gosto, tendo em conta as múltiplas opções estéticas que a sociedade oferece.
  4. Preservação, proteção da natureza e das espécies em extinção.
  5. Preservação. proteção e animação do patrimônio material e imaterial.
Pelourinho, Bahia, 2011.

Catedral Metropolitana de Brasília, 2012.

A observação do real, detalhada e meticulosa, é fundamental para se estudar o patrimônio histórico.

Aqui, o trabalho de campo é necessário e urgente. Os jovens não podem discutir certos temas se deles tiverem uma imagem distorcida, distante e puramente mediática, já que, nos tempos que correm, nem uma imagem livresca é vulgar.

A pesquisa e a observação são pertinentes em todo o contato com as populações, na tentativa de compreender e procurar soluções para os seus problemas.

Respeitar e valorizar o nosso patrimônio é nosso dever como cidadãos. Por menor que seja o nosso município, sempre vamos encontrar um lugar que seja significativo para as pessoas e para o local como registro histórico.

Congresso Nacional, Brasília, 2012.

Casario do centro histórico de São Luís, Maranhão, 2011.





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