domingo, 23 de março de 2014

Composição - superfície e harmonia cromática


Compor é  situar elemento de diferente maneiras.

SUPERFÍCIE

Superfície é a extensão que delimita no espaço um corpo considerável segundo a largura e o comprimento, sem levar em conta a profundidade.

Para montar composições de superfícies, você poderá usar um papel branco e outro colorido, do mesmo tamanho. Você poderá recortar o papel branco e ilustrar a folha colorida, e vice-versa.

Veja estes exemplos.



Ilustrações: Lie Kobayashi

HARMONIA CROMÁTICA

Trabalhar as composições com harmonia cromática significa trabalhar e executar obras nas quais a cor e a harmonia estejam interligadas.

Em uma pintura, além da cor, devem estar presentes os elementos que se relacionam na composição.
Observe exemplos de pinturas nas quais foram usados tons quentes e frios.


Pierre-Auguste Renoir. Mulher na poltrona.



Paul Cézanne. O Monte de Sainte-Victorie.

"A paisagem é a expressão visível dos componentes físicos e biológicos e das atividades e estabelecimentos humanos num determinado território."

É importante destacar que a população não deve ser encarada apenas como um fator de formação, transformação e conservação da paisagem, mas também como um dos elementos essenciais das paisagens culturais (agrícolas, industriais, rurais, urbanas, mista etc.).

Existem vários tipos de composição e elas devem estar sempre engrenadas à superfície, à harmonia cromática, ao equilíbrio (estático e dinâmico) e à proporção, com a finalidade de harmonizar a composição final.

As composições podem ser de vários temas e estilos, como urbana, rural, marítima, natureza morta e retrato.

A paisagem urbana é caracterizada pela concentração de aglomerados urbanos.

"A paisagem urbana pode ser definida como um conjunto no qual os  elementos naturais ou diretamente derivados do meio natural (relevo, clima, solo, água, vegetais e animais) se combinam dialeticamente com os elementos humanos."

A paisagem rural é bem distinta da paisagem urbana, voltada aos campos, áreas verdes, com outros hábitos culturais. A paisagem marítima tem como especificidade os assuntos marinhos. As primeiras paisagens marinhas que temos conhecimento em arte apareceram pela primeira vez no século XVI, tornando-se tema preferido de muitos pintores holandeses. O tema central da paisagem marítima é o mar, conhecido por pinturas onde aparecem praias e portos, pôr do sol refletindo sobre a água marinha.



Monet. Impressão do sol nascente, 1872. Óleo sobre tela, 48 cm x 63 cm. Museu Marmottan Monet/Paris.

No impressionismo, caracterizado pela presença da luz, Claude Monet chegou a criar um barco-ateliê para melhor retratar o ambiente marinho.

No Brasil, os artistas transmitiram pela arte o domínio da terra. É comum pintores contemporâneo retratarem naufrágios, tempestades, monstros e efeitos atmosféricos em geral.

A composição conhecida como natureza morta surgiu no barroco, que começou a retratar cenas religiosas dentro das cozinhas populares, além de vasos, flores e abates de animais, comuns entre os séculos XVI e XVII. O foco dessa pintura reside nas formas naturalistas do cotidiano do povo. Entre os séculos XIX e XX, em meio aos ideais modernistas e tendências formalistas, a natureza morta primou por retratar na composição algo que fazia parte da natureza, mas não estava mais no seu habitat natural. Por essa razão, composições com frutas, fruteiras, mesas e instrumentos musicais são muito procurados pelos artistas que seguem essa tendência. O pintor Paul Cézanne, por exemplo, pintou uma série com maçãs e laranjas.

Na composição que chamamos de retrato, os artistas procuram fazer suas composições fundamentadas em imagens do próximo ou de si mesmos, sendo necessários elementos criteriosamente próximos ao real. Nesses trabalhos, são valorizados principalmente a expressividade, o emocional, o idealismo. São exemplos, dos séculos XIV e XV, obras do Renascimento, nas quais a expressividade religiosa nos retratos era comum. O mecenato ocorrido durante a época da renascença contratou pintores para retratar personagens familiares e religiosos. Retratos de reis também são constantes no decorrer da história.

A partir do século XIX, muitos pintores se autorretrataram, obedecendo a regras de proporcionalidade, expressividade e realismo. Rembrandt foi o pintor que fez o maior número de autorretratos.

Com o advento da fotografia, esse tema perdeu força.






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